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PROJETO DE CONSERVAÇÃO DO ACERVO CEROPLASTICO DO MUSEU HISTÓRICO CARLOS DA SILVA LACAZ

O acervo ceroplastico do Museu Histórico Carlos da Silva Lacaz, localizado na Faculdade de Medicina da USP, é constituído por obras de autoria do artista Augusto Esteves. São modelos anatômicos de cera, da década de 50, os quais reproduzem problemas dermatológicos. Essa técnica foi utilizada na história da medicina desde o séc. XVII, até recentemente no séc. XX. Os modelos eram confeccionados a partir de moldes de gesso tirados diretamente de cadáveres (KAUFMANN, 1988). As obras moldadas eram feitas de cera de abelha pura e/ou misturada à cera de carnaúba e resinas naturais, como damar e mastique. Depois eram pintadas com tinta à óleo translúcida imitando os mínimos detalhes da pele. Os cabelos ou pelos humanos eram implantados um a um por meio de uma agulha aquecida. O resultado é surpreendente. As obras parecem partes reais do corpo humano. Esses miméticos eram destinados à pesquisa, estudo e principalmente utilizados como material didático. No caso específico do acervo em questão, a confecção das obras é bastante artesanal, variando o procedimento de uma obra para outra. Em algumas existe uma entretela aderida à uma camada de gesso abaixo da cera, em outras somente a entretela e em outras somente a cera moldada. Em quase todas existe um tecido de linho pregueado costurado e/ou tacheado em toda a volta para dar acabamento, ou uma faixa de papel crepom colado. Todo esse conjunto (peças de cera mais acabamento) estava acondicionado em caixas de madeira com tampa de vidro. As obras foram presas no fundo das caixas também de formas variadas, ora costuradas, ora pregadas com tachinhas, ora coladas, etc. Só podiam ser visualizadas de cima, visto que as laterais das caixas eram de madeira. Neste projeto foram estudadas e conservadas cerca de 280 obras. De um modo geral elas estavam em bom estado de conservação. Aproximadamente 25% do acervo apresentava problemas estruturais, como rachaduras, partes quebradas, arranhões, etc. A maioria apresentava problemas de infestação por macro e micro organismos: ataque de fungos na superfície da obra e ataque de insetos xilófagos nas caixas de madeira. Os tecidos e papeis de acabamento estavam acidificados e oxidados, e, apresentavam manchas devido ao ataque de fungos. Foi encontrado também o mesmo tipo de degradação estudado na superfície das esculturas nas obras do Museu de Cera Alpino (RIZZO, 2008). Foi identificada uma modificação na aparência da cera original, um tipo de alteração da consistência e cor, causando um efeito de flocos esbranquiçados (wax bloom). Se fez necessária a troca das vitrines individuas das obras devido à fragilidade das mesmas, para melhor conservação e para melhor visualização das esculturas. Para tanto, foi projetada uma nova vitrine, onde as obras pudessem ser admiradas em sua plenitude, não somente de cima, como nas vitrines antigas, mas de cima e de todos os lados; e, ainda que ficassem protegidas num ambiente com umidade controlada e atmosfera anoxia.

Crédito do vídeo: Clebison Santos

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=SCHcIY44OAU&t=2s

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