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A Prof. Dra. Marcia Rizzo iniciou o uso da radiação gama no Brasil para desinfestação de obras de arte, em 2002. Para tanto, idealizou e participou de uma extensa pesquisa multi-disciplinar, a qual envolveu a MRIZZO Restaurações, o Instituto de Química da USP e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN. Essa pesquisa gerou o artigo Effects of gamma rays on a restored painting from the XVIIth century, publicado na revista Radiation Physics and Chemistry, Avignon, França, v. 63.
A partir de então várias instituições e museus tem se beneficiado com essa tecnologia. Entretanto é preciso salientar, que além do conhecimento da tecnologia em si, é necessário também um profundo conhecimento químico dos materiais que serão irradiados, para que não haja modificações indesejadas. Dosímetros são posicionados na obra em lugares estratégicos, durante o processo de irradiação, para garantir que a dose correta seja absorvida pelo material.
Outros países como Japão, Áustria, Polônia, França, Alemanha e República Tcheca utilizam a radiação ionizante para desinfestar obras de arte e desenvolvem várias pesquisas na área.
A utilização da radiação apresenta vantagens em relação aos processos químicos: não deixa resíduos que podem interagir com a obra e danificá-la, não requer período de quarentena após o tratamento e não são gerados gases tóxicos ou substâncias nocivas. Com isso, não há impactos à saúde de quem realiza o processamento ou manuseia a obra, nem danos ao meio ambiente.
Imagem de madeira policromada, sec. XIV, pertencente ao Mosteiro de São Bento, infestada por cupins.
Imagem acondicionada na caixa sendo posicionada na frente do irradiador (IPEN).
Irradiador sendo fechado para subir a fonte de radiação de cobalto (IPEN).